A defesa do ex-presidente Bolsonaro solicitou um prazo de 83 dias para responder às acusações no caso que investiga a suposta tentativa de golpe. O pedido, feito na semana passada, foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os advogados de Bolsonaro justificaram o pedido, alegando que esse foi o mesmo prazo concedido à Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) para a elaboração da denĂșncia. Insatisfeita com a decisão de Moraes, a defesa recorreu, insistindo na necessidade de mais tempo para preparar a resposta.
Simultaneamente, a defesa de Braga Netto, tambĂ©m envolvido no caso, solicitou que Moraes se declare suspeito e deixe a relatoria. Os advogados alegam suspeição de parcialidade por parte do magistrado.
"HĂĄ uma suspeita de parcialidade da parte do magistrado." afirmou a defesa de Braga Netto.
A defesa argumenta que, embora o ministro do STF não seja uma vĂtima direta no caso, as acusações da PGR e da PolĂcia Federal (PF) ligam a suposta tentativa de golpe a um plano para assassinar o ministro.
A situação de Bolsonaro se agrava à medida que as investigações avançam, com a defesa buscando todas as alternativas para ganhar tempo e questionar a validade do processo. Este caso, que tem agitado o cenĂĄrio polĂtico brasileiro, segue em aberto, com desdobramentos a cada nova manifestação das partes envolvidas.
Enquanto isso, figuras da esquerda comemoram o aperto do cerco contra o ex-presidente, em mais um capĂtulo da novela judicial que polariza o paĂs. A batalha nos tribunais promete ser longa e acirrada.
O ministro Alexandre de Moraes, conhecido por sua firmeza em casos de grande repercussão, tem sido alvo de crĂticas por parte de conservadores, que o acusam de perseguição polĂtica. As decisões do ministro tĂȘm gerado debates acalorados sobre os limites da atuação do judiciĂĄrio e a garantia dos direitos de defesa.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA