Em meio ao clima de Carnaval, o Senado Federal aprovou medidas que impactam diretamente os cofres pĂșblicos e a rotina de seus servidores. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), assinou um ato que eleva o limite da cota para gastos dos senadores, atingindo um valor mĂ©dio mensal de R$ 46,40 mil por parlamentar. O aumento, que jĂĄ havia ocorrido em fevereiro, representa um acrĂ©scimo de 12% em relação ao mĂȘs anterior.
Os recursos, provenientes dos impostos pagos pelos brasileiros, destinam-se a cobrir despesas como alimentação, transporte, hospedagem, consultorias e propaganda. A distribuição dos valores varia conforme o estado de origem do senador, sendo o Amazonas o estado com a maior cota (R$ 52,79 mil) e o Distrito Federal o menor (R$ 36,58 mil).
Em paralelo ao aumento da cota parlamentar, Alcolumbre tambĂ©m implementou uma nova polĂtica de licenças para os funcionĂĄrios do Senado. A medida permite que servidores tirem um dia de folga a cada trĂȘs dias trabalhados, mediante solicitação. Caso o funcionĂĄrio opte por não usufruir da folga, poderĂĄ vendĂȘ-la, sem que o valor seja considerado para cĂĄlculos previdenciĂĄrios.
Ainda no pacote de benefĂcios, o presidente do Senado autorizou um reajuste de 22,19% no auxĂlio-alimentação dos servidores, elevando o valor para R$ 1,78 mil a partir de março. A medida equipara o benefĂcio ao valor pago aos funcionĂĄrios do Tribunal de Contas da União (TCU), atendendo a uma demanda antiga da categoria.
Desde que reassumiu a presidĂȘncia do Senado, Alcolumbre convocou apenas uma sessão com votação de projetos, contrastando com o ritmo de trabalho de gestões anteriores. A justificativa para o menor nĂșmero de sessões seria a dedicação do presidente à resolução de questões administrativas da Casa e à liberação de emendas parlamentares.
"hĂĄ necessidade de oferecer a contraprestação devida ao trabalho excepcional ou singular prestado pelos servidores do Senado Federal, notadamente quando em acumulação de atribuições ou no exercĂcio de funções que exigem o desempenho habitual de atividades de representação institucional". A justificativa foi publicada junto com a medida.
De acordo com Alison Souza, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), a Câmara dos Deputados tambĂ©m deverĂĄ promover um reajuste similar no benefĂcio. O tema serĂĄ discutido com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em reunião da Mesa Diretora marcada para 11 de março.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA