O casal, formado por uma mulher de 25 anos e um homem de 28, chegou ao hospital na noite de quarta-feira (12) com um bebê recém-nascido nos braços, alegando que o parto havia ocorrido em sua residência. A mulher, no entanto, recusou atendimento médico inicial, levantando suspeitas da equipe. Ao ser convencida a passar por exames, constatou-se que ela não estava em estado puerperal, e que também não produzia leite para amamentar a criança.
Diante das incoerências, o hospital acionou a Polícia Civil, que levou o casal para prestar depoimento na Central de Flagrantes. Durante as investigações, os agentes da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram o corpo da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, enterrado em uma cova rasa na residência dos suspeitos. A vítima apresentava sinais de parto forçado, com um grande corte no ventre, além de sinais de asfixia e enforcamento, com cabos de internet amarrados no pescoço, mãos e pernas, e um saco plástico na cabeça.
Segundo apuração da DHPP, Emilly estava desaparecida desde a tarde de quarta-feira, quando saiu de casa em Várzea Grande para buscar doações de roupas na casa da mulher suspeita. O homem chegou a publicar nas redes sociais que sua "filha havia nascido" após o crime.
As investigações seguem em andamento para apurar o envolvimento de outras pessoas e esclarecer o papel de cada um dos envolvidos. O casal poderá responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e outros crimes identificados no decorrer das investigações.
De acordo com o delegado Caio Fernando Albuquerque, titular da DHPP, o caso foi rapidamente solucionado graças à atuação da equipe hospitalar, que prontamente percebeu a incongruência no relato da suspeita e acionou as autoridades.
Assessoria | Polícia Civil-MT