Após uma internação de cinco semanas devido a uma pneumonia dupla, o Papa Francisco retornou ao Vaticano neste sábado, 29 de março de 2025. O médico Sergio Alfieri, responsável pelo tratamento do pontífice, descreveu a recuperação como "verdadeiramente surpreendente".

O médico Alfieri visitou o Papa em seu apartamento no Santa Marta Domus na última quarta-feira, três dias após a alta do Hospital Gamelli, em Roma. Segundo ele, o Papa está "muito animado" com a recuperação.

No dia 23, antes de receber alta, o Papa apareceu na sacada do hospital para saudar os fiéis, demonstrando sua fé e conexão com a comunidade católica. Sua voz, ainda em recuperação, falhou ao elogiar uma mulher que segurava flores amarelas.

Alfieri informou que a voz do pontífice está se fortalecendo e a necessidade de oxigênio suplementar diminuiu. A mobilidade limitada do braço, segundo o médico, é resultado de um trauma anterior à internação.

O Papa, de 88 anos, foi hospitalizado em 14 de fevereiro após uma crise de bronquite que evoluiu para pneumonia dupla e uma infecção respiratória. Sua condição foi considerada complexa devido à idade, mobilidade reduzida e histórico de remoção de parte de um pulmão na juventude.

"Ele está muito animado. Acredito que ele retornará, se não a 100%, a 90% de onde estava antes." disse o médico Sergio Alfieri.

Alfieri revelou que, após uma crise respiratória aguda, ele não acreditava na sobrevivência do Papa. Francisco recusou a intubação e optou por um tratamento medicamentoso arriscado, com o consentimento de seu assistente pessoal de saúde, Massimiliano Streppetti.

"Nós aprovamos tudo, mesmo diante do risco de acabar com os rins danificados ou uma medula óssea que produza glóbulos vermelhos alterados." afirmou Massimiliano Streppetti, assistente pessoal de saúde do Papa.

O tratamento foi descrito como "decisivo" e não "agressivo", sem medidas extraordinárias para prolongar a vida do Papa. A pneumonia foi curada, mas o tratamento para uma infecção fúngica continua, juntamente com sessões de fisioterapia e fonoaudiologia.

Apesar dos progressos, os médicos recomendam repouso por pelo menos dois meses e evitar multidões. No entanto, Alfieri acredita que a ética de trabalho de Francisco pode levá-lo a antecipar seu retorno às atividades.

Com a saúde do Papa em recuperação, a Igreja Católica e seus fiéis celebram a resiliência e o espírito incansável de Francisco.

*Reportagem produzida com auxílio de IA