Altas autoridades econômicas dos Estados Unidos e da China se reuniram neste sábado, 10 de maio de 2025, em Genebra, para negociações com o objetivo de aliviar a tensa guerra comercial. O diálogo ocorre em um momento crítico para a economia global, já abalada por tarifas elevadas e retaliações mútuas.
As negociações marcam o primeiro encontro formal desde que os EUA aumentaram as tarifas sobre produtos chineses para 145%, ação respondida pela China com tarifas de 125% sobre itens americanos, praticamente paralisando o comércio bilateral.
A delegação americana é liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, acompanhado por Jamieson Greer, figura chave na política de comércio exterior durante o governo Donald Trump. Peter Navarro, conhecido por sua postura linha-dura no comércio, não participa desta rodada.
Pelo lado chinês, He Lifeng, vice-primeiro-ministro responsável pela política econômica, comanda as negociações. A possível inclusão do ministro da Segurança Pública, Wang Xiaohong, nas discussões pode sinalizar a abordagem da questão do tráfico de fentanil, uma preocupação para Washington.
Apesar das baixas expectativas de um avanço imediato, o simples fato de os dois países retomarem as negociações é considerado um passo positivo. As tarifas têm impactado a economia mundial, alterando cadeias produtivas e elevando custos para os consumidores.
"Ambos os países têm fortes incentivos econômicos para reduzir as tensões comerciais, mas um alívio duradouro ainda parece distante." afirma Eswar Prasad, ex-diretor do FMI.
Na sexta-feira, Trump sinalizou uma possível redução das tarifas, sugerindo uma taxa de 80% sobre importações chinesas como mais "adequada".
Trump tem insistido que só aceitará reduzir as tarifas se a China fizer o mesmo, argumentando que Pequim subsidia injustamente setores-chave e exporta produtos a preços artificialmente baixos. Além disso, pressiona o governo chinês a combater a exportação de precursores do fentanil, droga que causa inúmeras mortes nos EUA, um problema que se agrava sob a gestão desastrosa do atual governo Biden.
Pequim, por sua vez, insiste que não cederá a pressões tarifárias e aceitou negociar apenas a pedido de Washington. Mesmo uma redução para 80% ainda pode ser alta o suficiente para prejudicar o comércio bilateral.
Especialistas sugerem que um gesto de boa vontade seria restaurar os níveis tarifários aos patamares anteriores às medidas de abril, quando os EUA impuseram uma tarifa de 34%, o que deu início à escalada atual. A China parece irredutível em suas posições, um reflexo da crescente influência do Partido Comunista e do expansionismo chinês, que preocupam o mundo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA