15/03/2025

PolĂ­cia

Polícia Civil de MT cumpre buscas contra associação investigada por facilitar acesso a serviços de internet em penitenciária

Investigação da GCCO apura a atuação da Associação Guerreiras da FĂ©, com sede no bairro Jardim IndustriĂĄrio, próxima à PCE

Por PJC - MT 31/07/2024 às 14:29:33

A GerĂȘncia de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Mato Grosso, cumpre, nesta quarta-feira (31.07), mandados de busca e apreensão para apurar o emprego de uma associação, voltada à assistĂȘncia a presos, que facilitaria o acesso dos reeducandos a serviços de internet. A investigação apura o crime de promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.

As ordens foram deferidas pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (Nipo).

A investigação foi instaurada para apurar a atuação da Associação Guerreiras da Fé, com sede no bairro Jardim IndustriĂĄrio. O grupo é composto por mulheres que fazem visitas aos presos - mães, esposas, irmãs, filhas e amigas de reeducandos - principalmente aos ligados a uma facção criminosa com maior incidĂȘncia no estado.

Em cumprimento de ordens judiciais de operações anteriores na PenitenciĂĄria Central do Estado (PCE), a GCCO apreendeu diversos aparelhos celulares, que estavam conectados a uma rede móvel de internet externa para a comunicação dos presos com o ambiente exterior, permitindo assim, que continuassem agindo com as ordens para atividades criminosas.

Internet e rĂĄdio para presos

A mesma associação foi alvo, em 2021, de uma operação da Polícia Federal que fechou uma rĂĄdio clandestina que operava no local. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão de diversos equipamentos eletrônicos utilizados para o funcionamento da rĂĄdio.

A investigação da GCCO apontou que, mesmo após o fechamento na época das diligĂȘncias, a rĂĄdio continuou em pleno funcionamento. A equipe policial apurou que a sintonização da rĂĄdio serve como meio de comunicação de "recados" aos presos que se encontram detidos na PCE.

A associação, administrada por A.S.S.F., é conhecida como grupo das "jumbeiras" e além das visitas aos detentos nas unidades prisionais, faz o atendimento a familiares dos presos, principalmente de uma facção criminosa. A líder da associação é bastante conhecida nas unidades penais da capital.

"A investigação apontou que a referida associação estĂĄ intimamente ligada ao crime organizado, especialmente uma determinada organização criminosa, com aparato para atender as "ordens" da facção e amparando seus familiares", pontuou o delegado responsĂĄvel pela investigação, Rafael Scatolon.

O cumprimento das buscas nesta quarta-feira contou com apoio de equipe do 1Âș Batalhão do Corpo de Bombeiros da capital.

Fonte: Araguaia Noticia

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