População denuncia pavimentação recém-entregue já com buracos e poças d'água; falta de fiscalização e qualidade das obras são questionadas. A qualidade das obras de pavimentação em Guarantã do Norte, 720 KM da Capital Cuiabá, tem gerado indignação entre os moradores. Um asfalto entregue há apenas três meses já apresenta buracos, poças d'água e sinais evidentes de desgaste. A situação tem levantado questionamentos sobre a fiscalização das obras públicas e a aplicação do dinheiro dos contribuintes.
No local, em uma reportagem da REDE TV através de uma emissora local, é possível ver veículos precisando desviar das falhas no asfalto, indicando a possível ausência de galerias pluviais adequadas para o escoamento da água da chuva. De acordo com a reportagem do Jornalista André Halibozek, o problema, segundo relatos, não é novo. Moradores relembram um caso semelhante no bairro do aeroporto, onde a qualidade da pavimentação foi alvo de polêmica. A principal crítica recai sobre a falta de transparência na aprovação dos projetos pela Câmara Municipal. "Os vereadores verificaram qual seria a espessura do asfalto? A empresa contratada tinha capacidade técnica para executar o serviço?", questionam os moradores. A ausência de respostas concretas apenas aumenta a insatisfação popular. Ao comparar ruas asfaltadas em períodos distintos, a diferença de qualidade fica evidente.
Enquanto um trecho pavimentado há cerca de 12 anos ainda se mantém em bom estado, outro entregue há aproximadamente cinco anos já se encontra deteriorado. A percepção é de que as obras recentes são feitas com materiais inferiores e sem o devido acompanhamento técnico. A população também aponta que muitas pessoas evitam falar sobre o problema diante das câmeras, reflexo de uma descrença generalizada na resolução dessas questões. "O povo parece que já se acostumou a sofrer e acha que tem que viver de migalhas", desabafa um morador.
Diante da situação, cresce o apelo por maior participação popular na fiscalização de obras públicas e cobrança sobre os legisladores. A necessidade de acompanhar contratos, licitações e a execução de serviços básicos se torna cada vez mais urgente, evitando que novos recursos sejam desperdiçados em obras de baixa qualidade.
O caso levanta um alerta para que a população abra os olhos para obras que, muitas vezes, são utilizadas como moeda política, mas que, na prática, não atendem às reais necessidades da cidade. Da Redação REDE
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