As informações foram confirmadas pelo delegado da DHPP, Bruno Abreu, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (04). Ele vai responder por latrocínio e ocultação de cadáver.
O corpo de Mário foi encontrado na empresa de reciclagem, em meio ao lixo, nessa terça-feira (03). De acordo com o delegado, o funcionário confessou o crime e relatou que havia se demitido na sexta-feira (30). No sábado (31), o homem voltou até a empresa, segundo ele, para cobrar alguns valores de direitos trabalhistas que o patrão estaria devendo, quando houve um desentendimento.
No entanto, a polícia não acredita que o crime seja culposo, sem a intenção de matar.
"Ele é um pouco dissimulado, está tentando jogar um crime de lesão corporal seguido de morte, que é diferente de um latrocínio. Mas a perícia médico legal vai comprovar que foram efetuados diversos golpes na cabeça, na parte de trás, que quebraram os ossos do crânio dele atrás e nenhum objeto, nenhuma pancada que tenha sido originado pelo próprio peso, daria força pra ocasionar essas lesões", explicou.Além disso, a investigação apontou que o funcionário amarrou os pés da vítima após a pancada, enquanto Mário ainda estava vivo e consciente.
"E mesmo assim, ao invés de pedir socorro, já que pra ele alega um crime culposo, ele não prestou socorro, colocou o corpo na máquina e jogou lá. Aí ficou claro pra nós que ele teve realmente a intenção de matar", explicou Bruno.
Por fim, outro detalhe descoberto que corrobora com a suspeita da DHPP da premeditação do crime, foi que Gilvanio roubou e usou o cartão de crédito da vítima após a morte. "Ele usou o cartão pra diversas coisas, usou para moto, para pagar um barbeiro e passou também em torno de R$ 1mil em uma maquininha da mãe do filho dele. E desse valor que passou, praticamente todo foi usado pra apostar no jogo do Tigrinho. Ele não foi lá só para conversar, já foi na intenção de obter dinheiro do patrão e praticou esse latrocínio. Se fosse realmente uma briga com morte de forma culposa, ele não teria motivo para pegar o cartão do patrão", afirmou.
Ainda serão feitas diligências e perícia para confrontar as versões. Foi descartada a possibilidade de a mãe da filha de Gilvanio, que passou a maquininha para ele, fazer parte do latrocínio. Porém ela pode responder por receptação. Gilvanio passará por audiência de custódia.
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