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APÓS AÇÃO

Governo de MT apresenta plano de manejo do Morro de Santo Antônio, após ação do MP por danos ambientais

Elaboração do plano iniciou há aproximadamente dois anos, quando ocorreu a seleção da consultoria, diz Secretaria de Estado de Meio Ambiente.


Morro de Santo Antônio, em Santo Antônio de Leverger ? Foto: Reprodução

O Governo de Mato Grosso publicou o Plano de Manejo do Monumento Natural Morro de Santo Antônio, em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, nessa sexta-feira (28), com estratégias de uso da área e preservação do local. O documento foi divulgado no período em que o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) move uma Ação Civil Pública (ACP) contra o governo por degradações ambientais causadas por obras de uma suposta trilha.

De acordo com Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a elaboração do plano iniciou há aproximadamente dois anos, quando ocorreu a seleção da consultoria. Nesse período, foram realizados estudos, consultas e oficinas participativas na região.


O plano ainda delimita a área interna da unidade em seis zonas, cada uma com finalidades e normas específicas. As zonas permitidas para visitação são de conservação, uso moderado e infraestrutura.

As de conservação permite apenas intervenção mínima, a de uso moderado permite ser implementadas trilhas, sinalização e áreas de descanso. Já a zona de infraestrutura permite maior número de visitantes e também a instalação de estruturas mais completas dentro da área de visitação como estacionamento, centro de visitantes, sanitários e lanchonetes.

A Ação Civil Pública

A ACP movida pelo MPMT solicita a interdição imediata de toda e qualquer obra e atividade no local, exceto da contenção das erosões e recuperação da área degradada.

O Governo de Mato Grosso informou que não irá se manifestar e responderá à ação nos autos do processo.

Segundo a ação, o estado não cumpriu o acordo que determinava medidas de recuperação e paralisação das obras irregulares, em dezembro do ano passado. No documento, o MPMT pede a substituição da Sema, como órgão gestor do Morro de Santo Antônio, por uma administração provisória que deve ser indicada judicialmente. Além do bloqueio judicial de recursos financeiros da Sema para o custeio da administração provisória, com apresentação periódica da prestação de contas.

  • colocação imediata de barreiras físicas efetivas para impedir as visitações públicas (pedestres e veículos) e qualquer acesso ao Morro de Santo Antônio;
  • implementação de monitoramento imediato diário no local;
  • elaboração e execução de projeto executivo, por profissional habilitado, para contenção dos processos erosivos causados pela construção da estrada a ser apresentado em cinco dias;
  • elaboração de Projeto de Recuperação de Área Degradada (Prad), com início imediato, de maneira que a trilha permaneça com, no máximo, três metros de largura.

Em caso de descumprimento, o estado deve receber multa diária no valor de R$ 10 mil.


Um relatório técnico elaborado pelo Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) Ambiental, após vistoria do MPMT, apontou processos erosivos que colocam em risco a segurança dos visitantes.

De acordo com o relatório, as erosões têm evoluído rapidamente devido o período chuvoso e ausência de medidas de proteção do solo, agravados pelas características naturais do local. Foi observado também que cerca de 750 metros da estrada foi coberta com aterro e estruturas de drenagem foram instaladas no trecho, no entanto, essas obras também já estão sendo danificadas pelas condições climáticas.

Além disso, o documento aponta que a interdição realizada pela Sinfra não impede a passagem de veículos, bicicletas e pedestres e não há placas informativas sobre a proibição de acesso.

Segundo o relatório, não foram observadas estruturas para apoio ao longo do trajeto, como corrimões ou até mesmo a presença de vegetação nativa que poderia servir de apoio e minimizar os riscos de acidentes. O MPMT relembrou que, no dia 5 de janeiro, uma mulher sofreu uma queda no local, enquanto fazia trilha.

A vistoria também apontou que a intervenção deixou o solo completamente desprotegido, da área do estacionamento ao espaço da praça prevista no topo do morro, totalizando uma área de 2,97 hectares.

G1 MT

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