Uma mobilização comunitária emocionante marcou a segunda-feira (07/04), em Novo São Joaquim, após uma filhote de apenas 40 dias, filha de uma cadela comunitária, cair em um bueiro e permanecer presa por quase 20 horas.
O caso teve início ainda durante a madrugada, quando uma agente de limpeza pública ouviu um barulho vindo de dentro de um bueiro. Ao se aproximar, percebeu que se tratava de uma cachorrinha, que provavelmente havia caído durante a noite. A funcionária imediatamente avisou moradores do setor, que prontamente acionaram Ana Lucia, protetora de animais que atua há 8 anos na cidade.
"Foi uma comoção. Os voluntários começaram a chegar, todos tentando ajudar. Tentamos de tudo, mas não conseguíamos alcançá-la", relatou Ana Lucia, que acompanhou toda a operação.
A prefeitura foi acionada e o prefeito Leonardo Farias autorizou, de imediato, a adoção de medidas emergenciais. Diante das dificuldades no resgate, o promotor Dr. Fabrício Miranda Mereb, da 1ª Promotoria de Justiça, entrou em contato com o Corpo de Bombeiros do Estado. Uma guarnição de Nova Xavantina se deslocou até o local para prestar apoio.
Devido à complexidade do caso, foi necessário quebrar parte da estrutura próxima ao bueiro para conseguir acessar o ponto onde a filhote estava presa. O resgate foi concluído com sucesso por volta das 21h, após horas de esforços contínuos.
Participaram da ação diversos voluntários e moradores, incluindo figuras conhecidas na cidade, como o secretário de infraestrutura Bileguinha, José Carlos e Careca, um dos mais atuantes da comunidade local.
Ao final do resgate, a filhote, que ainda não tinha nome, foi batizada como Vitória — uma homenagem simbólica à superação e ao trabalho coletivo que garantiu sua sobrevivência.
Ana Lucia agradeceu emocionada a todos os envolvidos:
"Foi uma corrente de solidariedade muito bonita. A vida de um animal importa, e esse resgate mostrou que a união faz a diferença."
O caso reacende o debate sobre a importância de infraestrutura urbana mais segura e da proteção aos animais comunitários, que muitas vezes dependem exclusivamente da solidariedade dos moradores.
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Da Redação | Paulo Halibozek