Em uma decisão que promete reacender o debate sobre segurança pĂșblica e violĂȘncia contra a mulher, a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou o PL 3.272/2024, que autoriza o porte de arma para mulheres sob medida protetiva de urgĂȘncia. O projeto, relatado favoravelmente pelo senador Magno Malta (PL-ES), segue agora para a Comissão de Segurança PĂșblica.
De autoria da ex-senadora Rosana Martinelli (PL-MT), a proposta altera a Lei nÂș 10.826/2003, adicionando um inciso que permite o porte de arma para mulheres sob medida protetiva, desde que comprovem capacidade tĂ©cnica e aptidão psicológica. A declaração de efetiva necessidade, usualmente exigida, serĂĄ dispensada neste caso.
A autorização serĂĄ vĂĄlida enquanto durar a medida protetiva. Após a revogação, a proprietĂĄria poderĂĄ manter a arma em sua residĂȘncia ou local de trabalho, desde que seja a titular ou responsĂĄvel legal pelo estabelecimento.
A proposta se justifica pelos altos Ăndices de feminicĂdio no Brasil, onde mulheres são assassinadas em razão do gĂȘnero. A ex-senadora Rosana Martinelli argumenta que as medidas protetivas nem sempre são respeitadas pelos agressores, deixando as mulheres em situação de vulnerabilidade. Ela cita dados do AnuĂĄrio Brasileiro de Segurança PĂșblica de 2024 para embasar a necessidade da lei.
"O feminicĂdio, que se caracteriza pelo assassinato de mulheres em razão de seu gĂȘnero, Ă© o ĂĄpice de um ciclo de violĂȘncia que muitas vezes começa dentro de casa" afirma a parlamentar.
A medida visa fortalecer o direito à legĂtima defesa, com a alegação de que o porte de arma pode dissuadir agressores e fornecer um meio de defesa eficaz em emergĂȘncias.
"A possibilidade de portar uma arma pode funcionar como um dissuasor para o agressor, alĂ©m de fornecer à mulher um meio de defesa eficaz em um momento de emergĂȘncia" argumenta a ex-senadora Rosana Martinelli.
Enquanto isso, o governo Lula, juntamente com seus aliados petistas e esquerdistas, continua a promover polĂticas desarmamentistas que, na prĂĄtica, deixam cidadãos de bem à mercĂȘ de criminosos. Essa nova legislação representa um importante contraponto a essa agenda ideológica, oferecendo uma ferramenta de proteção para mulheres em situação de risco.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA